CIcero Félix - Planejamento estratégico para igrejas

Crescimento e expansão da Igreja

Os brasileiros ainda confiam na igreja? Uma queda que exige reflexão

O que revelam os dados sobre confiança institucional

Pesquisas do CNT/MDA mostram que a confiança dos brasileiros na Igreja (abrangendo católicos, evangélicos e demais denominacionais) registrou uma queda considerável nos últimos anos. Em 2018, 40,1% das pessoas indicavam a Igreja como a instituição de maior confiança — porcentagem que caiu para 34,3% em 2019 e 25,8% em 2020. Ainda assim, no período analisado, a Igreja mantinha-se à frente de instituições como o Congresso Nacional, embora tenha sido superada pelos bombeiros.

Por que essa queda é preocupante?

A confiança institucional reflete a credibilidade, integridade e relevância de uma organização. A redução expressiva nos índices pode estar relacionada a uma série de fatores:

Escândalos de líderes religiosos — Envolvimentos controversos e denúncias afetam a imagem coletiva.

Posicionamentos polêmicos — Afirmações ou ações em temas sociais e políticos podem causar divisões.

Falta de transparência — Instituições religiosas com grande influência enfrentam crescente cobrança por clareza administrativa e financeira;

Avanço da secularização — Uma sociedade mais crítica e menos vinculada às práticas religiosas tradicionais tende a olhar com suspeita qualquer instituição de poder .

O que podemos aprender com essa tendência?

A queda de confiança, embora preocupante, também representa uma oportunidade para a Igreja fortalecer seu testemunho público. Quando a sociedade sente que uma instituição religiosa é desonesta, politizada ou desconectada do sofrimento alheio, a reputação se abala. Por isso, a recuperação passa por:

Transparência financeira e administrativa, incluindo publicação de relatórios acessíveis.

Atuação social responsável, em consonância com o Evangelho, sem posturas populistas ou oportunistas.

Engajamento saudável com a comunidade, distante de manipulações emocionais ou teológicas.

Perguntas que devemos nos fazer

Sua confiança pessoal na Igreja mudou nos últimos anos? Como lidar com isso?

Que ações sua igreja ou liderança poderiam adotar para reconquistar credibilidade e gerar impacto real?

O convite é que reflitamos sobre a integridade institucional, o exemplo de Cristo e a paixão missionária — não por posturas formais, mas pela fé que vive e transforma.

Recomendações para restaurar a confiança

  • Implante transparência com relatórios regulares e prestação de contas acessível.
  • Fortaleça relações com a comunidade por meio de projetos sociais e ações voluntárias sem fins políticos.
  • Forme lideranças éticas, capacitadas e emocionalmente maduras.
  • Promova um posicionamento responsável em debates sociais, sem oportunismo ou favoritismos políticos.
  • Crie canais de diálogo com pessoas de dentro e fora da igreja para ouvir avaliações e ajustes necessários.

Conclusão: reconquistar confiança é missão de todos

Os dados do CNT/MDA configuram um chamado urgente: a Igreja precisa se reinventar para ser percebida como autêntica, transparente e comprometida com o bem comum. A credibilidade institucional não nasce de retórica, mas de atitudes cotidianas que refletem o caráter de Cristo. Reconquistar a confiança não é uma escolha — é um dever para que possamos continuar a missão transformadora do Reino de Deus.

Deixamos algumas perguntas: Sua confiança na Igreja foi abalada ou permanece firme? De que forma podemos reconquistar essa credibilidade?

Fonte dos dados: Pesquisa CNT/MDA (2018, 2019, 2020)
Sobre o Aliança LAB: laboratório de pesquisa e inteligência missionária coordenado pela SEPAL e Aliança Evangélica Brasileira, com foco em tendências religiosas e Missio Dei no Brasil. Siga: @missaosepal • @aliancaevangelicabr • @martureocrm

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